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terça-feira, 30 de março de 2010

Simulação do grande BOOM

30 de Março de 2010, meio dia em Lisboa. Um momento histórico para os físicos, para os cientistas e talvez para a Humanidade. Não admira, por isso o ambiente de euforia vivido no CERN, o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear na fronteira entre França e Suiça.


Os cientistas sabem o que querem, mas não o que vão encontrar. A matéria visível representa apenas quatro por cento do Universo. Depois há 23 por cento de matéria negra e 73 por cento de energia negra. Não se sabe o que é mas a teoria diz que tem de existir. Os resultados das experiências devem fornecer informação essencial.
Dois feixes de protões circulam em sentido contrário no LHC, um túnel a cem metros de profundidade. Ao chocarem recriam os instantes iniciais da formação do nosso Universo, há 13 mil e 700 milhões de anos.
Ao longo do túnel estão quatro detectores (ALICE, ATLAS, CMS e LHCb). Cada um tem uma tarefa específica. O sistema demorou mais de 20 anos a ser construído.
Os cientistas pretendem observar as "chuvas de partículas" resultantes das colisões que ocorrem a velocidades próximas da da luz (300 mil quilómetros por segundo). E esperam descobrir partículas até agora desconhecidas, como o bosão de Higgs, também chamado a partícula de Deus.
Mas isto não acontece de um dia para o outro. Os milhões de colisões que já começaram a acontecer vão produzir quantidades enormes de informação. Só possíveis de tratar pela rede GRID, a maior rede computacional jamais criada e de que Portugal também faz parte.
As primeiras conclusões seguras podem demorar meses ou anos a atingir.

Susto

O início das colisões entre os feixes de protões estava previsto para as 8h00 de hoje. Mas a certa altura um dos feixes perdeu-se. À memória vieram os momentos vividos em Setembro de 2008. Nessa altura estava tudo a postos mas um problema técnico obrigou ao cancelamento da experiência.
Afinal, desta vez, foi "apenas" uma perturbação electromagnética exterior ao sistema, mas que foi detectada devido à extrema sensibilidade dos equipamentos envolvidos.  

Chamem-me o que quiserem, mas a mim este tipo de experiências metem-me um bocado de confusão,  principalmente sabendo as consequências que poderá acarretar.

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